NO DIA DO ANIVERSÁRIO
No dia do aniversário
o cardápio é vário
e consome quase todo o meu salário,
leva o meu dia e às vezes me traz a poesia
numa velha bandeja,
e depois alguém me beija
meio sem vontade,
meio sem desejo
e eu me vejo assim:
com todo mundo e sem mim.
No dia do aniversário
o cardápio é vário
e consome quase todo o meu salário,
leva o meu dia e às vezes me traz a poesia
numa velha bandeja,
e depois alguém me beija
meio sem vontade,
meio sem desejo
e eu me vejo assim:
com todo mundo e sem mim.
No dia do aniversário
eu vejo o calendário
e ele me olha com dó
e me diz: é meu caro,
hoje você está mais ou menos
e agora tem um ano a menos
para viver, para gozar e para sofrer.
Finjo que não ouço,
pois ainda me considero moço,
com força e jovialidade,
mas dentro do peito
eu sinto que insiste
um jeito triste
e bate a saudade.
eu vejo o calendário
e ele me olha com dó
e me diz: é meu caro,
hoje você está mais ou menos
e agora tem um ano a menos
para viver, para gozar e para sofrer.
Finjo que não ouço,
pois ainda me considero moço,
com força e jovialidade,
mas dentro do peito
eu sinto que insiste
um jeito triste
e bate a saudade.
Cícero Alvernaz (autor) 20-11-2017.
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