NÃO SOU
Não sou um incendiário,
não sou um velho canário
que canta sem saber o que está cantando.
Não sou um falsário,
não sou um perdulário
que gasta o que tem e o que não tem.
Não sou um dromedário,
não sou um salafrário
que não tem pena de ninguém.
Sou um poeta sem eira, nem beira,
sou alguém que não tem sequer um vintém
e que mendigou amor a vida inteira.
Não sou um incendiário,
não sou um velho canário
que canta sem saber o que está cantando.
Não sou um falsário,
não sou um perdulário
que gasta o que tem e o que não tem.
Não sou um dromedário,
não sou um salafrário
que não tem pena de ninguém.
Sou um poeta sem eira, nem beira,
sou alguém que não tem sequer um vintém
e que mendigou amor a vida inteira.
Cícero Alvernaz (autor) 24-11-2017.
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