PLATEIA
Sempre estive na plateia,
aplaudi sentado e de pé,
bati palmas, joguei beijos,
pro João e pro Mané.
Fui tiete e fui fã,
tirei fotos, suspirei,
corri atrás do meu ídolo
e nem sempre o alcancei.
Cheguei a chorar de emoção
ouvindo a voz do cantor,
eu curtia de montão,
tudo com muito amor.
Hoje estou do outro lado,
nem sempre sou aplaudido.
Eu já fui muito vaiado
já até saí corrido.
São os dois lados da vida:
estilingue e vidraça.
Um dia é do caçador
e o outro é da caça.
A vida é sempre assim,
não devemos reclamar,
se hoje estamos sorrindo,
amanhã podemos chorar.
Cícero Alvernaz (autor) 22-02-2016.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL

PASSARINHO MORTO