PICHAÇÃO:
UM CASO DE POLÍCIA
É
revoltante a forma como a pichação invadiu a nossa cidade. A impotência das
autoridades é algo gritante diante da ação dos pichadores que zombam dos
cidadãos e da lei e imprimem a sua marca nas paredes das casas, portões, muros,
fachadas de prédios, escolas, casas e até igrejas e muros de cemitérios. Os
prédios comerciais, na sua grande maioria, estão emporcalhados e os
proprietários estão alarmados e impotentes diante de tanta selvageria.
Existem
leis, multas e pessoas preparadas para coibir e punir esse desmando, mas não
existe ação nem reação diante deste lamentável fato. Já se tentou orientar,
educar até se criou um grupo de grafiteiros que tentou atrair os pichadores na
administração passada, mas tudo foi em vão. Isto faz parte da índole, da
rebeldia, da falta de educação e da falta de ação da polícia. É o reflexo da
educação em nosso País, que está beirando a nota zero, sem falar na
desestruturação das famílias que hoje é algo mais que evidente. O Brasil de
hoje é o país do “Bolsa Família”, que incentiva o aumento da população e carreia
milhões de votos para o governo, mas não é o País da educação que previne a
maioria dos males.
Sempre
quando viajo pra Minas, meu Estado, minha terra fico admirado vendo a limpeza
que existe na maioria das cidades, o cuidado das pessoas com as praças e os
prédios públicos, enfim, a educação dos mineiros. Às vezes paro e fico olhando
sem acreditar, olho de novo, limpo as lentes dos óculos para ver melhor e
constato a diferença que faz a educação na vida e no dia a dia de um povo.
Quando volto, quase desmaio ao ver “o outro lado da moeda” que me mostra a
sujeira, a falta de educação e de cidadania de tantas pessoas. E fico pensando:
será que não tem jeito pra isto? Será que a polícia não podia agir já que
existem leis para punir essas pessoas? Fico triste, desanimado e cabisbaixo
diante de tanta incompetência. Dá até
vontade de chorar. Mas vamos em frente! O que não tem jeito ajeitado já está. Afinal,
estamos no Brasil, um País sem governo, sem rumo e fora do prumo. Parece que os
pichadores, definitivamente, ganharam a briga.
Cícero Alvernaz, 61, é aposentado e jornalista.
Mogi Guaçu, 13-02-2016.
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