ROUPAS NO VARAL

As roupas aguardam o sol
com seu carinho e seus raios quentinhos
 que vêm para aquece-las e seca-las
 e deixa-las prontas para serem usadas.

 É o abraço do sol no lençol, no cobertor,
 na fronha e na camisa tristonha
 ou na calça, na bermuda, no paletó
 e até mesmo no lencinho
 que dança sem música e sem ritmo.

 As roupas são bandeiras
 que a lavadeira estendeu
 ou hasteou no varal.
 Bandeiras de variadas cores:
 riscadas, estampadas todas lavadas,
 enxaguadas e alvejadas
 que mais tarde estarão prontas
 para serem usadas.

 O sol ainda está quente,
 mas de repente cisma de esconder
 provocativamente.
 É só uma brincadeira,
 logo ele voltará
 e novamente abraçará as roupas
 com seu carinho e seus raios quentinhos
 e entoará uma canção qualquer
 em louvor á mulher-lavadeira
 que com sua arte em forma de poesia
 fez mais lindo este dia.

Cícero Alvernaz (autor) 30-12-2015.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL

PASSARINHO MORTO