QUIMERA
Na volta que se revolta
Por onde passa a escolta,
O mundo dá suas voltas,
Mas quando prende me solta.
No ritmo que descortina
Vejo abrir-se a esquina,
E minh’alma desatina
Olhando aquela menina.
No vai-e-vem desta vida
Em meio a lutas e lida
De chegadas e partidas,
Todos lutam por comida.
No compasso da viagem
Que se perde na paisagem
Vejo ao longe sua imagem
Me acenando qual miragem.
No retorno alguém me espera
Como flor na primavera,
Mas
isto é apenas quimera,
E meu peito desespera.
Cícero Alvernaz (Autor)
Mogi Guaçu, SP, 05-10-2012; 15 horas e 10
minutos.
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