REBELDE MENINO
Caminhei sem estrada e sem caminho.
Como um rebelde menino
eu caminhei sem destino.
Caminhei em segredo, sem espanto e sem medo,
caminhei mato a fora sem saber a hora, nem o dia.
Caminhei sozinho, sem companhia e sem guia
em plena luz do dia, ou guiado de noite pela luz da lua.
Me lembrei de quando eu brincava na rua
onde havia luz nos postes clareando meu espaço.
Mas agora eu estava no mato
e sem nenhum contato sequer com alguma pessoa.
Era só eu e Deus e mais alguns sapos
que coaxavam na beira de algum córrego.
Aquilo parecia um sonho medonho, estranho,
mas era só mais uma aventura.
Na verdade eu estava no meu quarto
de pijama deitado na minha cama
e me imaginava solto pelo mato
em contato com a natureza
sentindo a beleza e a brisa que soprava
e a minha noite se enchia de prazer e de poesia.
(21-11-2021)
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