O CAFÉ

Cheguei na casa de uma pessoa, ela me ofereceu café, mas disse que era de cedo. Eu aceitei um golinho para não fazer desfeita, mas ele estava frio e com uma forma suspeita, nem parecia café. Eu pensei em não tomar, pensei até em jogar aquela coisa estranha sem aparência e sem gosto que ela me ofereceu. Gosto muito de café, eu digo sempre com fé: café é a minha vida, café é igual cafuné, café esquenta e dá força, café tem cheiro de vida, porém aquele café não parecia café, foi quando a pessoa falou: desculpa, te dei outra coisa pensando que era café. Eu nem perguntei que coisa tão estranha era aquela e joguei pela janela aquele trem esquisito. Até hoje eu não sei o que a pessoa me deu, ainda bem que eu não tomei e até hoje eu me pergunto quando penso no assunto: o que será que aquela pessoa, que parecia tão boa, e também de boa fé, colocou naquele copo dizendo que era café?
(10-03-2021)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL