LEMBRANÇAS DA MINHA ADOLESCÊNCIA
No ano de 1967 fomos morar no Córrego Boa Vista, Município de Manhuaçu, MG. Esse local fica a uns 10 km da cidade. Eu tinha na época 12 anos, faz tempo, mas eu me lembro muito bem. A pobreza era grande e para ganhar algum dinheiro ia eu, o meu irmão mais velho que eu e uns amigos vender taioba na cidade. Colhíamos na véspera e no outro dia cedinho, lá pelas 4 horas, saíamos para cumprir a nossa tarefa. Amarrávamos os feixes de taioba num cabo de vassoura e saíamos. Antes das 7 horas chegávamos em Manhuaçu. A gente subia aqueles morros oferecendo o nosso produto. Quando o sol esquentava a taioba murchava e ninguém mais comprava. A gente pegava o que sobrava e jogava no rio. Era uma das únicas formas da gente ganhar algum dinheiro. Comprávamos algumas coisas para casa, com fome comprávamos um pão com queijo ou mortadela e um refrigerante, que era o nosso almoço, e satisfeitos voltávamos para casa. Nossa vida era simples, muito pobre, mas, apesar de tudo, éramos felizes. (18-06-2020)
No ano de 1967 fomos morar no Córrego Boa Vista, Município de Manhuaçu, MG. Esse local fica a uns 10 km da cidade. Eu tinha na época 12 anos, faz tempo, mas eu me lembro muito bem. A pobreza era grande e para ganhar algum dinheiro ia eu, o meu irmão mais velho que eu e uns amigos vender taioba na cidade. Colhíamos na véspera e no outro dia cedinho, lá pelas 4 horas, saíamos para cumprir a nossa tarefa. Amarrávamos os feixes de taioba num cabo de vassoura e saíamos. Antes das 7 horas chegávamos em Manhuaçu. A gente subia aqueles morros oferecendo o nosso produto. Quando o sol esquentava a taioba murchava e ninguém mais comprava. A gente pegava o que sobrava e jogava no rio. Era uma das únicas formas da gente ganhar algum dinheiro. Comprávamos algumas coisas para casa, com fome comprávamos um pão com queijo ou mortadela e um refrigerante, que era o nosso almoço, e satisfeitos voltávamos para casa. Nossa vida era simples, muito pobre, mas, apesar de tudo, éramos felizes. (18-06-2020)
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