PAPEL DE BALA
Um pequeno papel de bala,
uma pena num canto da sala,
uma folha voando no quintal,
uma criança brincando num canto,
uma moça sonhando seu tanto,
um jovem no seu abandono,
um idoso com dor e com sono,
um vidro na cristaleira,
o vento levando a poeira,
um bêbado dando rasteira,
um poeta olhando o tempo,
um livro exposto ao vento,
um carinho tão leve e lento,
a vida em seu doce momento
vestida de amor e ternura,
canção tão bela e pura,
um homem chorando as mágoas,
ó quão são profundas as águas
do rio que ao mar se entrega!
Poeta, seus versos não nega,
de tudo aqui desapega,
te acalma, suspira e sossega.
Cícero Alvernaz (autor)
13-10-2017.

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