A MINHA POESIA
A minha poesia me leva
por caminhos variados
e por trilhos do passado
que o tempo apagou.
Os meus versos tão intensos
são profundos, são imensos,
mas não dizem quem eu sou.
Sou a palha que se espalha,
sou o grão que não brotou,
sou a livre cachoeira
que na queda desabou.
Sou a noite sem estrelas,
sou rio sem correnteza,
sou um homem sem carinho
que na vida muito amou.
A minha poesia me leva
por estradas mal cortadas,
por vias esburacadas
que o tempo fez assim.
Eu me perco em meus versos,
tão humildes, tão diversos,
mas quando o dia termina
meu corpo se reanima,
pois vou descansar, enfim.
Cícero Alvernaz (autor)
11-10-2017.

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