JESUS: ESSE ILUSTRE DESCONHECIDO

Um homem diferente, com roupas mal passadas, ou não passadas andando por estradas poentas e esburacadas seguido por um grupo de amigos e colaboradores, entrando em pequenas aldeias, conversando e atendendo pessoas simples e pobres, curando doentes sem ser, reconhecidamente, um médico, aconselhando pessoas aflitas sem ser um psicólogo, aconselhando, ensinando e abraçando pessoas e causas, muitas delas sem solução aparente, visto que já tinham sido rejeitadas e esquecidas, desiludidas e ignoradas. Um homem diferente que falava de um Reino e de um Pai, falava de uma vida diferente e de uma comida especial que dá vida e sacia o corpo e a alma e nas suas palavras algo se percebia de poder e de alegria, com autoridade jamais vista. Esse homem era muito conhecido, sua fama se espalhou e muitos vinham de longe para vê-lo. Muitas pessoas queriam toca-lo, ouvi-lo e receber dele a sua graça através do inegável poder. Mulheres traziam crianças para que ele as abençoasse, as tocasse e ele dizia aos que o queriam impedir: "Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis porque dos tais é o reinos dos céus". Um homem diferente que atraía muita gente e conseguia mudar e melhorar a vida das pessoas. Este era Jesus, cujo nome significa Salvador. Ele também é Senhor: Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Muitos milagres ele realizou, maravilhas muitas - e Ele até ressuscitou mortos. Esse homem, muita gente não sabia, mas era o próprio Deus encarnado nascido de uma virgem em Belém de Judá. Deus no meio do povo, Emanuel, Deus Conosco como profetizou Isaías. Por isto Ele era assim tão diferente, tão especial, tão humano e tão espiritual.  Mas hoje já se passaram mais de dois mil anos que ele se foi, portanto Ele está morto, enterrado e esquecido. Hoje ele é um ilustre desconhecido, ignorado e esquecido por muita gente. Os religiosos criaram outras figuras, outros deuses, outras criaturas às quais adoram, prestam cultos e devoção. São os devotos das imagens de santos que são tantos, tem a sua padroeira erguida num pedestal para onde convergem os olhares, os pedidos, as preces. Criaram deuses com as próprias mãos, os adoram e até se dilaceram nesse momento de frenesi. Afirmam ser uma religião cristã, mas Cristo é apenas uma lembrança tênue, uma caricatura. Outros o adoram, o reverenciam e até o tem como o Salvador e Senhor, mas paralelamente inventam inovações, formas e fórmulas mágicas para se enriquecer a custo de sua religião. Batem palmas, gritam, criam suas doutrinas pragmáticas, falam de prosperidade material, mas se esquecem da verdadeira riqueza, que é a espiritual. E Jesus continua desconhecido, ainda mais do que era quando andou por aqui. Hoje, sim, Ele é desconhecido e o seu nome é usado, blasfemado, vilipendiado em nome da riqueza, do vil metal. E essas são as igrejas que mais crescem, mais se desenvolvem materialmente construindo suntuosos templos onde exploram à larga a boa fé das pessoas. Desconhecem a Jesus, a sua humildade e simplicidade e se apegam às riquezas e à política partidária da qual tiram proveito em detrimento da Palavra de Deus. E assim caminha o mundo - e eu finalizo com uma pergunta feita por Jesus que está registrada no livro de Lucas 18. 8: "Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?

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