O MENINO QUE FUI
O menino que fui
deságua em mim,
ele vem de pés no chão
e traz estrelas na mão.
Ele se perde nas ilhas
e se encontra nos mares.
O menino que fui
constrói altares.
Ele vem no sonho
em forma de estrelas
e pisca pra mim,
e deságua em mim.
Esse menino me envolve
com sua roupa de lã.
E se perde na distância,
e se vai no seu afã.
O menino que fui
não dorme nem descansa.
Ele habita em mim
e me faz de novo criança.
Nas ruas do sono
caminha ligeiro.
Ele vai com o seu jeito
todo feliz e faceiro.
Cícero Alvernaz (autor)
04-09-2017.

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