MANIFESTO
Ela passa por mim,
dá meia volta e volta.
Isto não me alegra
nem tampouco me revolta:
Para mim é indiferente.
Não faria a menor diferença
se ela seguisse em frente.

Mas mesmo assim
eu fico pensando,
imaginando que seja algo importante.
Ela não me diz nada,
dá meia volta e segue a sua estrada,
e eu fico parado
recordando o nosso passado.

É difícil esquecer
tanto sonho sonhado,
tanto riso escancarado
e aquele beijo roubado...
A gente se entendia
como o sol ao meio dia
e a sombra que eu não via.

Ela passa por mim
e nem sequer me olha,
nem faz um pequeno gesto.
Mas eu sinto de repente
que tem algo entre a gente,
e escrevo estes versos
em forma de manifesto.

Cícero Alvernaz (autor) 08-10-2015.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL