O PAÍS DOS MEUS SONHOS
Sonhei com um país onde não havia violência, truculência, nem corrupção. Um país onde todos se entendiam e se respeitavam como verdadeiros irmãos. Um país onde a alegria não era apenas uma expressão facial, ou uma realidade virtual, mas uma marca visível e real que dominava a vida das pessoas. Enfim, era uma alegria que saltava aos olhos e transparecia.
Sonhei com um país onde as ruas eram limpas, e as casas enfileiradas mantinham a sua cor nos muros e nas paredes conforme o gosto dos donos. Não havia sequer uma pichação, ou algum outro sinal que denunciasse vandalismo e depredação. A beleza era algo visto e admirado por todos. Ruas e praças sobressaiam por suas cores vivas que alegravam ainda mais o cenário. Respirei a paz e a alegria do momento e prossegui admirando a paisagem.
Sonhei com um país onde as crianças brincavam nas ruas de dia e de noite protegidas pelas luzes da rua e por uma lua tímida que a tudo assistia. Não havia medo nem preocupação dos pais, e as crianças sorriam no seu folguedo, absolutamente felizes na sua total liberdade. Também vi casais passeando despreocupados, e vi outros sentados conversando enquanto a brisa noturna soprava mansa e delicadamente. A paz reinava soberana e absoluta nesse país abençoado por Deus.
Eu não queria acordar desse sonho, mas gostaria muito de poder transforma-lo em realidade. Nesse país não havia políticos corruptos, portanto não havia engano nem roubalheira. Tudo fluía na mais perfeita paz, e nada poderia turvar o ambiente. Fiquei extremamente feliz, porém, como acontece em todo sonho, no melhor momento tive que acordar, e então me deparei com a nossa triste realidade impregnada de roubos, furtos violência, miséria e desigualdades.
Sonhei com um país maravilhoso, mas esse país não existe. Entretanto, ele pode ser construído a cada dia por aqueles que sonham com um país melhor. Ele pode ser idealizado e pode ser materializado por mim e por você. Não custa sonhar (e trabalhar) pela materialização de um país assim. E este é o nosso dever!
Cícero Alvernaz, l9-l0-2006
Mogi Guaçu, SP.
(Membro da Academia Guaçuana de Letras)
POEMA DA LAVADEIRA
Lava, lava, lavadeira, Com a alma, com a mão. Água canta na torneira Sua líquida canção. Lava, lava, lavadeira, Sem descanso, sem razão. Sua história verdadeira Escreve-se com sabão. Água canta na torneira Sua líquida canção, Lava, lava, lavadeira, Com a alma, com a mão. A manhã é transparente, Brilha o sol com seu calor. Tanto sonho de repente Misturado com suor. Lava, lava, lavadeira, Sua roupa-ganha-pão, Você tem a vida inteira, Pra cumprir sua missão.
Comentários