MARIA

Maria era minha vizinha,
quase nada ela dizia,
morava na outra quadra,
não falava quase nada,
além de um morno bom dia.
Ninguém sentia sua falta
quando, enfim, ela saía,
tinha poucas amizades,
nunca deixava saudades
quando no mundo sumia.
Maria era quieta,
ficava sempre calada.
Quando ela viajava
quase sempre demorava,
eram meses na estrada.
Um dia ela se foi,
mas ninguém sua falta sentiu.
Depois ficamos sabendo
que ela acabou morrendo
quando o carro colidiu.
23-09-2020 Cícero Alvernaz
Ju Rios, Ivana Pizzi e 5 outras pessoas

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL