MOREI NA ROÇA
Morei na roça, na verdade naquela época morávamos na beira da estrada numa casinha simples e mal acabada. Tempo de muita simplicidade, uma pobreza quase absoluta. Meu pai era o nosso guardião, o nosso líder e exemplo de vida e de conduta. Minha mãe era uma pequena estrela que iluminava a nossa humilde casa. Mulher forte que pelos filhos enfrentava a própria morte, destemida e corajosa. Ela, aparentemente, era fraca e doente, mas isto era só na aparência. Tudo era rudimentar, de uma pobreza quase extrema numa vida sem perspectiva de melhora e sem horizontes. Final da década de 60 entrando já na década de 70 sem esperança de melhorar financeiramente, mas crente em Deus porque dele vem a nossa salvação. Os dias se passavam lentamente e nada de acontecer nada: só o trivial de todo dia, o trabalho mal remunerado, algumas brincadeiras, idas a São Pedro passear, ir à igreja ou comprar algumas coisas, pura monotonia. Mas algo tinha que acontecer, os filhos jovens ainda precisando de se encaminhar na vida... Chegou 1972 e aconteceu o grande salto em nossa vida: fomos para o Estado de São Paulo, Minas ficou na saudade em forma de lágrima, pranto e dor. O que aconteceu depois foi bom, mas a saudade de Minas, daquela vidinha é algo que não sai do peito, nem da minha lembrança. (03-01-202
Morei na roça, na verdade naquela época morávamos na beira da estrada numa casinha simples e mal acabada. Tempo de muita simplicidade, uma pobreza quase absoluta. Meu pai era o nosso guardião, o nosso líder e exemplo de vida e de conduta. Minha mãe era uma pequena estrela que iluminava a nossa humilde casa. Mulher forte que pelos filhos enfrentava a própria morte, destemida e corajosa. Ela, aparentemente, era fraca e doente, mas isto era só na aparência. Tudo era rudimentar, de uma pobreza quase extrema numa vida sem perspectiva de melhora e sem horizontes. Final da década de 60 entrando já na década de 70 sem esperança de melhorar financeiramente, mas crente em Deus porque dele vem a nossa salvação. Os dias se passavam lentamente e nada de acontecer nada: só o trivial de todo dia, o trabalho mal remunerado, algumas brincadeiras, idas a São Pedro passear, ir à igreja ou comprar algumas coisas, pura monotonia. Mas algo tinha que acontecer, os filhos jovens ainda precisando de se encaminhar na vida... Chegou 1972 e aconteceu o grande salto em nossa vida: fomos para o Estado de São Paulo, Minas ficou na saudade em forma de lágrima, pranto e dor. O que aconteceu depois foi bom, mas a saudade de Minas, daquela vidinha é algo que não sai do peito, nem da minha lembrança. (03-01-202
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