SOU DESTE TEMPO
Sou do tempo em que as pessoas andavam livres pelas ruas, sem preocupação com a sua bolsa e até com sua carteira à mostra. O passageiro dormia no ônibus com o dinheiro no bolso da camisa junto com o documento e nenhum elemento o furtava. As pessoas ficavam na calçada papeando às vezes até de madrugada. Saíam e deixavam a casa aberta, iam na casa da vizinha, no mercadinho, ou na padaria, seja de noite ou de dia, sozinho ou com alguma companhia. Sou deste tempo, no tempo dos governos militares em que cidadão era cidadão e bandido era bandido. Havia ordem e temor, respeito e amor, amizade e consciência, além de obediência às autoridades constituídas. Enfim, as pessoas respeitavam e eram respeitadas, com algumas exceções. Hoje eu nem preciso dizer como está, pois as casas tem cerca elétrica e outros recursos, tentando melhorar a segurança patrimonial. Isto provoca gastos, mas às vezes compensa. (07-10-2019)

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