DRUMMOND, MEU PATRONO
Li em uma entrevista que Carlos Drummond de Andrade quando era criança não gostava de livros com figuras ou gravuras, mas quando lhe davam um livro com letras e palavras ele se divertia e ficava conversando com aquelas letras e às vezes as desenhava num papel. Um gosto estranho para uma criança "normal", mas para Drummond aquilo era muito normal. Depois vemos a trajetória do grande poeta, cronista e literário que é considerado por muitos, inclusive por mim, o maior de todos. Sei que pode não soar muito bem nos dias de hoje, mas para mim é um achado, uma festa que eu não dispenso, mas curto, amo e muito me envaidece, afinal Drummond é mineiro como eu e, guardadas as devidas proporções, temos o mesmo gosto. Não preciso dizer que amo as poesias de Drummond, e quando fui escolher um patrono para mim na Academia Guaçuana de Letras, não pensei duas vezes: Cadeira número 19, patrono Carlos Drummond de Andrade. Não poderia ter feito melhor escolha. Na época eu fiz uma brincadeira: "Posso não ser um grande poeta, mas o meu patrono é o maior de todos".
(15-09-2019)

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