"VOCÊ ESTÁ DESLIGADO!"
Esta foi a frase que eu ouvi no dia 12 de agosto de 2012, num domingo, pouco depois do meio dia, numa das salas da igreja na qual eu servia a Deus como Presbítero. Depois de 40 anos, eu jamais imaginava ouvir uma frase como esta que, de certa forma, jogou por terra todo um trabalho realizado em quatro décadas. Em menos de um minuto é possível destruir o que se fez durante tanto tempo. A vontade e a ganância do homem pode fazer e desfazer muitas coisas.
Naquele momento eu não sei o que pensei nem qual foi a minha reação diante do que ouvi. Fiquei calado, pois não pude mensurar o que aquilo representava ou viria a representar nos dias, meses e anos seguintes. Simplesmente saí daquela sala, cumprimentei alguns irmãos e fiquei por ali um pouco antes de sair e ir embora. Ninguém me perguntou nada e poucos me cumprimentaram. Senti-me um estranho naquela igreja aonde cheguei no ano de 1972, aos 17 anos. Olhei em volta, me virei procurando alguma novidade e depois saí calmamente.
Tudo foi normal, tudo foi tranquilo na minha cabeça. Não esbocei nenhuma reação, não reclamei, não lastimei, mas aceitei o meu desligamento. Era como se eu tivesse recebido uma “voz de prisão” e fosse encaminhado para cumprir pena em alguma cela. E a minha pena foi o desligamento por tempo indeterminado, sem ser ouvido e sem ser julgado por nenhuma corte ou comissão. Eu aceitei tudo passivamente e hoje entendo que esse foi o meu grande erro. Alguém me sugeriu procurar um advogado, mas por respeito à igreja e à sua hierarquia, achei melhor não fazê-lo. Os dias seguintes transcorreram normalmente.
Com o passar dos meses fui reconstituindo tudo na minha mente e comecei a recordar como tudo aconteceu desde o telefonema que recebi do secretário ainda na manhã daquele dia me convocando, em nome do presidente, para ir imediatamente á igreja onde se realizava uma reunião. Fui o mais rápido que pude, pois a situação aparentemente era grave envolvendo o meu nome. O tempo passou e eu senti o golpe aos poucos, minha alma chorou, mas se consolou, afinal o Consolador não nos abandona, nem nos desliga. Isto é atitude de homens, geralmente movidos por algum interesse inconfessável. Disto eu tenho absoluta certeza.
Hoje, ainda continuo desligado, ninguém me procurou e apenas uma pessoa me telefonou para saber como eu estou. Depois de tanto tempo, eu descobri que nós somos como mercadoria: umas valem mais e outras valem menos. No caso, o meu valor deve ser mínimo para aqueles que me julgam e determinam o meu valor. Fui julgado, pesado na balança e achado em falta passível de ser desligado, mas hoje eu me pergunto: que falta cometi? Não passei por nenhuma reunião ministerial, embora sendo Presbítero e membro da igreja há 40 anos, com uma extensa folha de trabalho. Ocupei praticamente todos os cargos na igreja: Cooperador, Presidente de Mocidade, Secretário, Professor da Escola Dominical, Tesoureiro, Diácono, Presbítero, além de ser o autor do Histórico da Igreja. No mínimo, eu deveria ter passado por uma reunião, ser ouvido e ser notificado do motivo do meu desligamento. Mas, pelo contrário, eu fui sumariamente desligado e até hoje não sei o real motivo do meu desligamento. E, provavelmente, eu nunca vou saber. Esta, sem dúvida, foi a maior decepção que tive na minha vida até o momento. Consola-me saber que Deus tudo vê, tudo sabe, e só Ele tem o poder de julgar alguém.
Esta foi a frase que eu ouvi no dia 12 de agosto de 2012, num domingo, pouco depois do meio dia, numa das salas da igreja na qual eu servia a Deus como Presbítero. Depois de 40 anos, eu jamais imaginava ouvir uma frase como esta que, de certa forma, jogou por terra todo um trabalho realizado em quatro décadas. Em menos de um minuto é possível destruir o que se fez durante tanto tempo. A vontade e a ganância do homem pode fazer e desfazer muitas coisas.
Naquele momento eu não sei o que pensei nem qual foi a minha reação diante do que ouvi. Fiquei calado, pois não pude mensurar o que aquilo representava ou viria a representar nos dias, meses e anos seguintes. Simplesmente saí daquela sala, cumprimentei alguns irmãos e fiquei por ali um pouco antes de sair e ir embora. Ninguém me perguntou nada e poucos me cumprimentaram. Senti-me um estranho naquela igreja aonde cheguei no ano de 1972, aos 17 anos. Olhei em volta, me virei procurando alguma novidade e depois saí calmamente.
Tudo foi normal, tudo foi tranquilo na minha cabeça. Não esbocei nenhuma reação, não reclamei, não lastimei, mas aceitei o meu desligamento. Era como se eu tivesse recebido uma “voz de prisão” e fosse encaminhado para cumprir pena em alguma cela. E a minha pena foi o desligamento por tempo indeterminado, sem ser ouvido e sem ser julgado por nenhuma corte ou comissão. Eu aceitei tudo passivamente e hoje entendo que esse foi o meu grande erro. Alguém me sugeriu procurar um advogado, mas por respeito à igreja e à sua hierarquia, achei melhor não fazê-lo. Os dias seguintes transcorreram normalmente.
Com o passar dos meses fui reconstituindo tudo na minha mente e comecei a recordar como tudo aconteceu desde o telefonema que recebi do secretário ainda na manhã daquele dia me convocando, em nome do presidente, para ir imediatamente á igreja onde se realizava uma reunião. Fui o mais rápido que pude, pois a situação aparentemente era grave envolvendo o meu nome. O tempo passou e eu senti o golpe aos poucos, minha alma chorou, mas se consolou, afinal o Consolador não nos abandona, nem nos desliga. Isto é atitude de homens, geralmente movidos por algum interesse inconfessável. Disto eu tenho absoluta certeza.
Hoje, ainda continuo desligado, ninguém me procurou e apenas uma pessoa me telefonou para saber como eu estou. Depois de tanto tempo, eu descobri que nós somos como mercadoria: umas valem mais e outras valem menos. No caso, o meu valor deve ser mínimo para aqueles que me julgam e determinam o meu valor. Fui julgado, pesado na balança e achado em falta passível de ser desligado, mas hoje eu me pergunto: que falta cometi? Não passei por nenhuma reunião ministerial, embora sendo Presbítero e membro da igreja há 40 anos, com uma extensa folha de trabalho. Ocupei praticamente todos os cargos na igreja: Cooperador, Presidente de Mocidade, Secretário, Professor da Escola Dominical, Tesoureiro, Diácono, Presbítero, além de ser o autor do Histórico da Igreja. No mínimo, eu deveria ter passado por uma reunião, ser ouvido e ser notificado do motivo do meu desligamento. Mas, pelo contrário, eu fui sumariamente desligado e até hoje não sei o real motivo do meu desligamento. E, provavelmente, eu nunca vou saber. Esta, sem dúvida, foi a maior decepção que tive na minha vida até o momento. Consola-me saber que Deus tudo vê, tudo sabe, e só Ele tem o poder de julgar alguém.
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