SONO
Encurva a cabeça, pende o pescoço,
e sente o sono que vem sem ter pena.
moleza no corpo e nada engrena,
a noite é pequena pra tanto abandono.
Os olhos se fecham e abrem sem pressa,
e nada é bom, e nada interessa.
Encosta e dorme o sono dos justos,
sem pressa desaba, e tudo se acaba,
sem pressa, sem sustos.
O sono que chega arrasta pra longe
e leva pra ilha seguindo a trilha,
depois vem o sonho, e sonha, se vira,
estica, revira, a noite é pequena
pra gente dormir sem mais acordar
e enfim repousar, e enfim descansar.
Cícero Alvernaz (autor)
17-03-2018.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL