CASA ABENÇOADA
Aquela casinha
de pau a pique,
quarto, sala e cozinha
era uma sentinela
com sua janela
quase sempre aberta
era uma espécie de alerta
bem na beira da estrada.
Por ali passava a passarada
com seu voo e seu canto
e a noite estendia o seu manto
cobrindo aquela casa abençoada.
De pau a pique
era uma casinha chique
simples casa de gente pobre,
mas, ao mesmo tempo, gente nobre,
pois a pobreza também tem sua nobreza.
Casinha que ficou ali plantada,
uma sentinela bem à beira da estrada
acolhendo a ruidosa passarada
que encontrava ali o seu abrigo.
Aquela casinha era um altar de fé,
era um marco de amor,
um jardim cheio de flor,
linda casa de sapé.
Cícero Alvernaz (autor)
11-03-2018.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL