ACONCHEGO
Uma casa, um ranchinho,
tapera ou choça que vi,
uma terra arrasada,
de pobreza devastada
onde canta o bem-te-vi.
Uma morada distante
bem no fundo do sertão,
longe de tudo que existe,
longe da povoação.
Um ranchinho de pobreza
onde canta o sabiá,
onde o gado passa perto,
anda pra lá e pra cá.
Onde a tarde vai serena
e a noite vem caindo,
onde a vida é um sonho
e o mundo é mais risonho
e tudo vai se abrindo.
Uma casa, um ranchinho
que não tem nada de chique,
tapera de pau a pique,
onde existe só pobreza.
Lá, porém, tenho certeza,
há carinho e bondade,
há amor, simplicidade,
Deus habita nesta casa
com a sua santidade.
Cícero Alvernaz (autor)
25-10-2017.

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