OURO PRETO
Passei perto várias vezes,
olhei, mas não cheguei.
Vi fumaça, poeira e casario,
senti uma espécie de arrepio,
um estranho vento
me visitou por um momento,
fiquei perdido e calado,
imaginei as histórias do passado,
os contos, os pontos,
os tantos fantasmas
a andar pelas ruas, os guetos,
a magia de Ouro Preto
toda se abrindo no ar.
Pensei em chegar, me sentar,
olhar tudo em volta, brincar,
mas me faltou coragem.
Eu não queria voltar ao passado,
fiquei com medo de repente,
fiquei com medo de encontrar
algum inconfidente
e não saber o que falar, o que dizer.
Ouro Preto, perdoe a minha timidez,
mas eu prometo que da próxima vez
vou finalmente te ver,
te ver de perto e te conhecer
como uma criança curiosa.
Vamos conversar, nos entender,
creio que será fluente a nossa prosa.
Cícero Alvernaz (autor) 05-05-2017.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL

PASSARINHO MORTO