CORAÇÃO PARTIDO
Dizem que o que eu escrevo
não tem nexo,
não tem graça, não tem rima,
não tem sequer coordenação.
Dizem que não tem sentido
isso tudo que eu escrevo,
que não tem vida, não tem poesia,
não tem noção, nem nostalgia,
que eu não sou poeta,
e estou mais para pateta,
mas quem disse que eu quero ser poeta?
Eu não quero rótulos,
não quero marcas, nem grife,
não quero aplausos
e não ligo para vaias.
Não tenho pretensões descabidas,
não quero possuir sete vidas,
não quero tocar sete instrumentos,
não quero que invadam meus pensamentos,
não quero ser colocado num pedestal,
não quero ser fulano de tal.
A minha poesia é só uma tentativa,
uma cortina que se fecha com a chuva,
uma janela que se abre com o sol,
uma história que ninguém mais conta,
uma lua discreta que no céu desponta,
uma ave perdida no quintal,
um simples e medroso animal,
um risco no chão do terreiro,
um menino brincando no chiqueiro,
um papagaio tentando falar,
um jovem que não sabe namorar
e pede para alguém lhe ensinar.
Dizem que o que eu escrevo
não faz o menor sentido,
mas eu escrevo todo dia,
rabisco a minha fiel poesia
cheio de amor e com o coração partido.
Dizem que o que eu escrevo
não tem nexo,
não tem graça, não tem rima,
não tem sequer coordenação.
Dizem que não tem sentido
isso tudo que eu escrevo,
que não tem vida, não tem poesia,
não tem noção, nem nostalgia,
que eu não sou poeta,
e estou mais para pateta,
mas quem disse que eu quero ser poeta?
Eu não quero rótulos,
não quero marcas, nem grife,
não quero aplausos
e não ligo para vaias.
Não tenho pretensões descabidas,
não quero possuir sete vidas,
não quero tocar sete instrumentos,
não quero que invadam meus pensamentos,
não quero ser colocado num pedestal,
não quero ser fulano de tal.
A minha poesia é só uma tentativa,
uma cortina que se fecha com a chuva,
uma janela que se abre com o sol,
uma história que ninguém mais conta,
uma lua discreta que no céu desponta,
uma ave perdida no quintal,
um simples e medroso animal,
um risco no chão do terreiro,
um menino brincando no chiqueiro,
um papagaio tentando falar,
um jovem que não sabe namorar
e pede para alguém lhe ensinar.
Dizem que o que eu escrevo
não faz o menor sentido,
mas eu escrevo todo dia,
rabisco a minha fiel poesia
cheio de amor e com o coração partido.
Cícero Alvernaz (autor) 30-04-2017.
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