NADA COM NADA
Alguém me disse:
"Você não escreve nada com nada".
Eu sem pressa respondi:
e preciso escrever?
O que escrevo não escrevo,
o que faço eu não faço,
o que digo eu não digo,
o que abraço não abraço.
A beleza está na flor,
nem sempre está no ato
de quem plantou ou regou.
Eu escrevo, mas não devo,
não devia escrever.
Não faço nada com nada,
mas tem gente apaixonada
que ama tudo que escrevo.
Então, pra que me importar
se tem gente que não gosta?
Ruim seria, quem sabe,
se todo mundo gostasse.
Talvez eu até questionasse
os versinhos que escrevo.
Ficaria sem saber
se eu devo ou não devo.
Cícero Alvernaz (autor) 13-10-2016.

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