INSEGURO
Claudicante e cambaleante vou caminhando pelos caminhos das letras, tropeçando num A e me esbarrando num B tentando formar palavras novas, neologismos, mas só encontro obscurantismos impedido de ver bem pela luz fraca dos verbos com seus tempos e irregularidades. Fomentando ideias, buscando formas e imaginando versos tropeço em mim, na minha pequenez diante do universo de letras, símbolos e signos numa caminhada exangue e mui cansativa. Quero parar, mas o desejo de alcançar me impele e me diz que logo vou chegar. Me pergunto: chegar onde? Custo a entender esse mundo de letras e palavras que saltam de mim e formam esse caminho por onde palmilho, como se fosse um trilho que vai dar em algum fim de mundo, caminhar sem rumo e profundo que me deixa antever um futuro sem futuro. Mas mesmo assim caminho muitas vezes inseguro. (21-07-2016). Cícero Alvernaz (autor)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL