FRIO QUE DÓI
Dói os pés, a canela e os dedos,
tudo bem caprichado, sem perdão.
Dói o nariz e sai água, 
dói o peito e dói o coração.
Mas não é dor apenas doída:
é uma dor ardida, diferente.
Dói a perna, os braços e os nervos,
dói a boca, os olhos e o dente.
É frio pra ninguém botar defeito,
às vezes chega abaixo de zero!
Frio que eu não gosto, mas suporto,
frio sem cerimônia, frio que eu não quero.
Dói o corpo e dói até a alma,
dói a orelha e dói até o osso.
O frio só sabe fazer doer,
dói da ponta dos pés até pra cima do pescoço.
Cícero Alvernaz (autor) 19-07-2016.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL