LONJURA DOS CAMPOS
Lá na na lonjura dos campos,
das planícies, das baixadas,
se ondulando ao vento manso
o capim e a plantação,
longe se perde e se esconde
e nem se sabe pra onde
vagueia o gado no pasto,
pois só se vê o seu rastro
depois que ele se foi.

Cavalo, vaca e boi,
quadrúpedes todos ali,
na distância que se perde,
se confunde no horizonte,
lá nos confins do mundo,
mundão velho sem porteira,
o vento sopra com medo
na tarde toda fagueira.

A tarde a todos convida
para, enfim, se recolher,
pois a noite se aproxima
e o dia se despede...
Tudo fica diferente,
sapos coaxam no brejo,
o sol se esconde sem pressa,
estrelas piscam no céu.

Vem a noite, vem o canto,
vem a reza, ladainha,
todos debaixo do manto,
pois a noite se avizinha.
Lá na lonjura dos campos,
das planícies, das baixadas,
a vida se faz encanto
margeando as estradas.

Cícero Alvernaz (autor) 14-01-2016.

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