UM SÓ CORAÇÃO
De súbito me vejo
diante de mim,
me olho, me escuto,
me meço, me peço,
porém, não me dou.
Me imploro, até choro,
me rasgo, me firo,
me nego, me apego,
e até fico cego
de tanto implorar.
Depois me esqueço
e fico sem preço,
sem cor, sem valor.
Me chuto, me bato.
me mordo sem dor.
E fico vermelho
diante do espelho,
sem me entender.
Me olho, me beijo,
e quero morrer.
Eu brigo comigo,
mas sou meu amigo
e sou meu irmão.
Vivemos sem jeito,
mas bate no peito
um só coração.
Cícero Alvernaz (autor) 10-12-2015.
De súbito me vejo
diante de mim,
me olho, me escuto,
me meço, me peço,
porém, não me dou.
Me imploro, até choro,
me rasgo, me firo,
me nego, me apego,
e até fico cego
de tanto implorar.
Depois me esqueço
e fico sem preço,
sem cor, sem valor.
Me chuto, me bato.
me mordo sem dor.
E fico vermelho
diante do espelho,
sem me entender.
Me olho, me beijo,
e quero morrer.
Eu brigo comigo,
mas sou meu amigo
e sou meu irmão.
Vivemos sem jeito,
mas bate no peito
um só coração.
Cícero Alvernaz (autor) 10-12-2015.
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