UM NOVO MESSIAS?

 Sempre quando o País atravessa por uma situação difícil, quase irreversível como a atual, aparece alguém polêmico e diferenciado e se apresenta para salvar literalmente a Pátria. Fernando Collor de Mello, hoje Senador da República (PTB/AL), foi um destes e até chegou à presidência em 1989, mas como não tinha como base um partido forte e não era querido ou bem visto pelo Congresso foi impugnado, afastado por oito anos, enfim, sofreu o impeachment.
 Hoje, o Brasil atravessa talvez a maior crise de sua história por conta, principalmente, do chamado Petrolão, que é considerado o maior escândalo do mundo e, como já era esperado, apareceu um novo Messias que poderá ser candidato a presidente em 2018, com grandes chances de se sair vencedor, e que também promete mudar tudo ou quase tudo que está aí. Eu esqueci, propositalmente, de citar o PT de Lula ou Lula do PT porque todo mundo sabe que o seu projeto não deu praticamente em nada e ainda deixou o País nesta situação que vemos hoje.
 Estou falando do Deputado Federal (PP/RJ) Jair Messias Bolsonaro, que nasceu em Campinas, SP, no dia 21 de março de 1955 e está no seu 7° mandato parlamentar. Sempre polêmico e cada vez mais popular e ativo, Bolsonaro tem causado uma verdadeira histeria coletiva por onde passa e leva o seu recado. Seus vídeos no Youtube sempre têm grande visualização e são muito comentados e aplaudidos pela grande maioria. Sua popularidade cresce a cada dia e hoje está difícil ignorá-lo. Muito contundente, muito combativo, incisivo, Bolsonaro, que tem “Messias” no nome é aclamado por multidões que vêem nele a possibilidade de mudar este quadro terrível em que o PT colocou o País nestes 13 anos de governo ou desgoverno, cada vez mais acusado de corrupção, aliado ao comunismo e pela destruição da família.
 Acredito que se o deixarem ser candidato as chances de ele vencer são grandes. Por outro lado, eu não acredito que ele conseguirá ser candidato, pois as forças contrárias, arraigadas, corruptas e unidas são fortes e poderão, sim, impedir a sua candidatura. Dizem que no amor e na guerra vale tudo. Eu incluo a política também. E ele contraria grandes interesses de coronéis da política, senhores da terra, comandantes do navio, interessados em ter o povo sob o cabresto distribuindo quirelas para os menos afortunados e assim se perpetuarem no poder. Por estas e outras razões é que eu não acredito que o Brasil um dia vá mudar. Só se for para pior. Infelizmente, esta é a nossa realidade.

Cícero Alvernaz, 61, aposentado e jornalista.
Mogi Guaçu, 19-10-2105

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