PODE SER
Pode ser que alguém me leia
e até seja alcançado por meus versos.
Mas eu escrevo porque gosto,
depois corrijo e depois eu posto,
com a alma, com os olhos, com as mãos,
dentro de meus sonhos mais diversos.

Pode ser que alguém não leia,
ou simplesmente não faça nenhum caso.
Mas eu prossigo nesta minha empreitada,
colhendo flores, enfeitando a estrada,
com meu objetivo, com desejo, com vontade,
acendendo a luz que brilha ao ocaso.

Pode ser que alguém não queira,
e até me ignore e faça zombaria.
Não me iludo e não me preocupo,
pois eu sei do que gosto, e me ocupo,
como um pássaro que canta sem plateia,
como o sol que inaugura o seu dia.

Cícero Alvernaz (autor) 05-12-2015.

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