O POETA
Como será o poeta?
Um homem coberto de andrajos
a bater de porta em porta,
alguém que com nada se importa
e segue colhendo migalhas.
Alguém que não liga pra nada,
mas vê e a tudo observa,
e chora o instante que passa,
depois se senta na praça
e se enche de esperança
quando vê uma criança
que corre, tropeça e cai.
Como será o poeta?
Um sábio discreto, perdido,
um homem calado e ferido
pelas dores, pelas magoas.
Alguém que traz em seu peito
um amor que foi desfeito,
que longe ficou, se perdeu,
mas que de novo insiste
em faze-lo assim tão triste,
sem nada e sem lugar.
O poeta não se encontra,
se procura, se amedronta,
fica de novo calado,
se queda indignado,
mas não consegue gritar.
Cícero Alvernaz (autor) 22-12-2015.
Como será o poeta?
Um homem coberto de andrajos
a bater de porta em porta,
alguém que com nada se importa
e segue colhendo migalhas.
Alguém que não liga pra nada,
mas vê e a tudo observa,
e chora o instante que passa,
depois se senta na praça
e se enche de esperança
quando vê uma criança
que corre, tropeça e cai.
Como será o poeta?
Um sábio discreto, perdido,
um homem calado e ferido
pelas dores, pelas magoas.
Alguém que traz em seu peito
um amor que foi desfeito,
que longe ficou, se perdeu,
mas que de novo insiste
em faze-lo assim tão triste,
sem nada e sem lugar.
O poeta não se encontra,
se procura, se amedronta,
fica de novo calado,
se queda indignado,
mas não consegue gritar.
Cícero Alvernaz (autor) 22-12-2015.
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