Já viajei muito, embora nunca tenha saído do Brasil. Já vi coisas consideradas maravilhosas, já estive, e até já morei, em grandes cidades, vi muitos arranha-céus, estive no Estádio do Maracanã e em outros de igual magnitude, enfim, já sou bem "rodado". Tudo isto soma e multiplica dentro da gente, mas em todas essas andanças o que mais chamou e prendeu a minha atenção foram as coisas simples, os gestos simples, um olhar de soslaio, uma palavra apenas balbuciada, uma música a meio tom, um sorriso sem pretensão e quase por acaso... Minha poesia se alimenta desses momentos, desses gestos espontâneos que a maioria não vê e não sente. Isto é o pão de que me alimento e refaço o meu momento, pois é a essência que me tonifica, me embala e me inspira. Enquanto houver esses raios o meu sol poético estará brilhando e aclarando os meus dias.

Cícero Alvernaz (autor) 22-11-2015.

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