O RIO AGONIZA
O rio agoniza,
suas águas poucas
e barrentas
já não correm,
não tem pressa,
sua margem
não tem mata
e ele se mata
de sede, vede:
o rio agoniza.
Pássaros
não fazem festa,
peixes
não nadam mais,
não procriam,
não fazem festa.
O silêncio
se ouve,
o murmurio
não se ouve mais.
O rio agoniza,
está poluído,
vazio, sofrido,
sem a mata ciliar
e lhe abraçar.
Pessoas passam,
olham e se perguntam:
o que houve com o rio?
Passa uma brisa,
o rio agoniza.
Cícero Alvernaz (autor), 03-09-2015.

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