BALANÇA DA VIDA
Entrar pela porta estreita,
sair com dificuldade,
olhar a vida desfeita,
vítima cruel da maldade.
Passar por um acidente
num momento imprevisível,
olhar pessoas carentes
e fazer o impossível.
Pesar na balança da vida
e ser achado em falta,
depois desistir da corrida,
rasgar e queimar sua pauta.
Amar e depois esquecer
como quem esquece um brinquedo.
Mentir e depois sofrer,
ficar se escondendo de medo.
Sonhar com um mundo melhor,
depois acordar sem coragem.
Achar que está tudo pior,
e que a vida é pura miragem.
Depois sentar numa praça
no doce fluir do momento,
chorar vendo o tempo que passa
e vai abraçado ao vento.
Na vida é tudo assim,
milagres também acontecem.
Não há princípio nem fim,
os sonhos também desvanecem.
Cícero Alvernaz (autor), 08-08-2015.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL