AO MEU PAI
Ele
foi um bom exemplo,
Viveu
com dignidade,
E
ainda hoje o contemplo
E
sinto muita saudade.
Nunca
falou palavrão -
Que
eu me lembre ou que eu ouvisse.
Tinha
um grande coração,
Certa
vez ele me disse:
“Meu
filho, tenha prudência,
Em
tudo saiba viver,
Tenha
boa consciência
Para
não se arrepender”.
Palavras
de sabedoria
De
alguém especial,
Que
o bem sempre fazia
E
detestava o mal.
Às
vezes ficava calado,
Parecia
tão distante!
E eu me sentava a seu lado
E
olhava o seu semblante.
E
perguntava: meu pai,
O
que está acontecendo?
Eis que uma lágrima cai
E eu
tudo ficava sabendo...
Mas
ele nada dizia,
Eu
apenas via um brilho -
E
então eu descobria:
Era
a saudade de um filho.
Ah,
meu velho patriarca,
Quanta
preocupação!
O
amor foi sua marca
E
a paz o seu bordão.
Fez
na vida um bom caminho –
Estás
em minhas poesias.
Tens
meu amor e carinho,
Meu
velho pai Adonias!
(Cícero Alvernaz) Mogi Guaçu,
21-10-2007.
(Membro da Academia Guaçuana de
Letras)
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