MEMÓRIAS DE SÃO PEDRO

De repente se espalhou a notícia: "Fulano está vindo lá do campo com uma arma dizendo que vai matar alguém". Foi uma correria só, gente correndo e entrando nas casas para se esconder. Até as vendas (como se dizia naquela época) se fecharam, a rua ficou deserta e ele vinha esbravejando: "Hoje eu mato um". Já estava chegando na pracinha principal com uma arma em punho e sempre ameaçando. Eu era criança, tinha, sei lá, uns 9 anos e também me escondi numa casa velha na rua principal de São Pedro, onde ficava o comércio e tinha uma igreja evangélica. E o homem vinha subindo e bradando: "Hoje eu mato ele". De repente alguém soube e ligou para a polícia. Naquele tempo a polícia tinha mais liberdade para agir, ainda não havia os defensores de bandidos como tem hoje em nosso País. Quando o "atirador" entrou na rua do comércio deu de cara com a polícia e não deu outra. Ele foi algemado, preso, tomaram a sua arma e o povo pôde sair das casas e finalmente respirar aliviado. (28-11-2020)

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