DEDICAÇÃO Á POESIA
Me dedico à poesia, talvez como uma forma de compensar a minha quase inutilidade. A poesia me entende, me atende e se associa a mim nessa rude empreitada que acaba sendo aliviada com os versos e as rimas que saltam de mim como peixes nos rios numa piracema, vencendo a correnteza. A minha dedicação causa amor, dó e aflição a quem convive comigo, como auxiliar ou amigo nessa minha desventura. Me apego à vida que me segura e me ajuda quando fraquejo ao cair da tarde, ou no escuro da noite. Me dedico à poesia muitas vezes fria e quase sem vida, mas sempre comigo como se fosse os braços de um velho amigo. (29-11-2020)
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