PELA RUA
Pela rua
descendo ou subindo,
andando ou caindo,
nadando ou surfando
nas pedras, no asfalto,
nas curvas que vejo
imerso em desejos,
em sonhos, visões,
com pressa, sem pressa,
com fome, sem fé,
de noite, de dia,
sem pão, sem café.


Pela rua
olhando as esquinas
e ouvindo soar
estridentes buzinas,
tapando os ouvidos,
ouvindo esses sons
da rua, do mundo,
de gente apressada
que nunca me vê
e nem me entende,
nem sabe o porquê
de assim caminhar
sem meta, sem rumo,
buscando encontrar
a vida, o prumo,
o sonho a flor,
talvez uma rima
pro verso compor.


Pela rua
eu sou um estranho,
um simples poeta
sem rumo, sem meta,
que nesta cidade
perdeu seu amor.
Cícero Alvernaz, 14-07-2019.

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