VITRINE
Elas olhavam a vitrine e comentavam,
olhavam, olhavam, e depois sonhavam,
viam aquele par de sapatos
que fora feito para os seu pés
e o namoravam com olhares e suspiros.
Elas olhavam a vitrine e comentavam,
olhavam, olhavam, e depois sonhavam,
viam aquele par de sapatos
que fora feito para os seu pés
e o namoravam com olhares e suspiros.
Nas mãos, uma vassoura,
(esqueci de dizer que elas eram garis)
e sonhavam com um dia mais feliz,
com aquele par de sapatos,
com aquela roupa de grife
e depois comer um bom bife
e, quem sabe, se atirar numa piscina.
(esqueci de dizer que elas eram garis)
e sonhavam com um dia mais feliz,
com aquele par de sapatos,
com aquela roupa de grife
e depois comer um bom bife
e, quem sabe, se atirar numa piscina.
Elas eram duas meninas,
duas jovens ou duas senhoras,
isto não importa agora.
Cada olhar era um desejo, um sonho,
dentro de um corpo cansado, mas risonho,
desejoso, esperançoso...
e às vezes tristonho.
duas jovens ou duas senhoras,
isto não importa agora.
Cada olhar era um desejo, um sonho,
dentro de um corpo cansado, mas risonho,
desejoso, esperançoso...
e às vezes tristonho.
Elas olhavam a vitrine e comentavam
sem saber que um poeta as olhava
e com carinho registrava cada olhar,
cada suspiro, cada desejo...
Era a mística da poesia que irradia
e enche de esperança mais um dia.
sem saber que um poeta as olhava
e com carinho registrava cada olhar,
cada suspiro, cada desejo...
Era a mística da poesia que irradia
e enche de esperança mais um dia.
Cícero Alvernaz (autor)
31-03-2018.
31-03-2018.
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