VIREI UM ADULTO
Virei um adulto
e hoje sou quase um idoso
por isto tenho o meu coração choroso
e uns olhos que só pensam em chorar.
O amor me aplicou uma gravata
e me jogou de cabeça numa lata,
me aplicou um golpe sem dó nem piedade.
O meu sorriso ficou sério,
minha poesia é cheia de mistério,
meu sonho é voltar a ser criança,
mas esse tempo ficou distante
e ninguém me garante
que esse sonho é possível realizar.
Virei um adulto
e hoje perdi meu endereço,
o amor me cobra um alto preço,
vende sonhos e depois não entrega,
zomba de mim e brinca comigo
e ainda diz que é meu amigo,
por isto tenho o meu coração choroso
e um olhar triste e pesaroso
como quem se foi e não sabe voltar.
Nessa vida é sempre assim:
o que mais sei fazer é chorar.
Virei um adulto
e hoje sou quase um idoso
por isto tenho o meu coração choroso
e uns olhos que só pensam em chorar.
O amor me aplicou uma gravata
e me jogou de cabeça numa lata,
me aplicou um golpe sem dó nem piedade.
O meu sorriso ficou sério,
minha poesia é cheia de mistério,
meu sonho é voltar a ser criança,
mas esse tempo ficou distante
e ninguém me garante
que esse sonho é possível realizar.
Virei um adulto
e hoje perdi meu endereço,
o amor me cobra um alto preço,
vende sonhos e depois não entrega,
zomba de mim e brinca comigo
e ainda diz que é meu amigo,
por isto tenho o meu coração choroso
e um olhar triste e pesaroso
como quem se foi e não sabe voltar.
Nessa vida é sempre assim:
o que mais sei fazer é chorar.
Cícero Alvernaz (autor) 08-11-2017.
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