CALOR
O calor cala,
abafa o quarto
e a sala
e abala
o meu frágil corpo,
me deixa
sem coragem
pensando bobagem,
com moleza
e com tristeza.
O calor restringe,
me atinge
e às vezes finge,
mas não me engana.
Me faz tirar a roupa,
não me poupa
e nem me dá trégua,
passa no meu corpo a sua régua,
me mede, me revolta,
e depois me solta,
mas eu continuo quente.
O calor, meu desafeto,
me faz ligar o ventilador do teto
me faz abrir a janela
num momento
tentando aumentar o vento,
mas isto é de pouca valia
e quando menos percebo
lá se foi o dia
com seu mau humor -
e eu ainda tenho
que aguentar
a presença do calor.
Cícero Alvernaz (autor)
15-09-2017.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL