DE OLHAR EM OLHAR
De olhar em olhar
de ver em ver
o que está a acontecer
pode se perceber
que a vida continua,
que dentro de nós
ela pula e flutua,
que ela existe
e brilha como a lua.
De olhar em olhar
até mesmo sem demorar
pode se ver a passar
ou sentir seu pulsar
no vento que se espalha
que leva pó e palha,
que deixa seu rastro no ar,
na vida que se apresenta,
no sol que a vida esquenta,
em tudo se pode ver,
se pode correr e entender
que o sonho se expressa no ar,
que não adianta chorar,
que não adianta mentir,
que não adianta sorrir,
que não adianta falar
nem tão pouco esbravejar
com quem não deseja ouvir
a voz que ecoa no ar.
De olhar em olhar
se pode ver e anotar
o tempo que estou a falar
sem ter alguém pra me ouvir,
pois este tempo de agora
é flor que murcha ao sol,
é fruta que cai, vai embora,
e vira esterco e pó.
A vida só tem valor
na vida de quem crê no amor
e vive e ama sem dó.
De olhar em olhar
de ver em ver
o que está a acontecer
pode se perceber
que a vida continua,
que dentro de nós
ela pula e flutua,
que ela existe
e brilha como a lua.
De olhar em olhar
até mesmo sem demorar
pode se ver a passar
ou sentir seu pulsar
no vento que se espalha
que leva pó e palha,
que deixa seu rastro no ar,
na vida que se apresenta,
no sol que a vida esquenta,
em tudo se pode ver,
se pode correr e entender
que o sonho se expressa no ar,
que não adianta chorar,
que não adianta mentir,
que não adianta sorrir,
que não adianta falar
nem tão pouco esbravejar
com quem não deseja ouvir
a voz que ecoa no ar.
De olhar em olhar
se pode ver e anotar
o tempo que estou a falar
sem ter alguém pra me ouvir,
pois este tempo de agora
é flor que murcha ao sol,
é fruta que cai, vai embora,
e vira esterco e pó.
A vida só tem valor
na vida de quem crê no amor
e vive e ama sem dó.
Cícero Alvernaz (autor) 01-08-2017.
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