MENINO
Menino é tudo igual,
não tem que tirar e nem por.
Todos correm, dão trabalho,
gritam e choram de dor.
Perseguem os passarinhos,
caçam até borboletas.
Comem coisas estragadas
e depois fazem caretas.
E pulam como cabritos
e adoram fazer seus brinquedos.
Não tem noção do perigo
e de nada eles têm medo.
Não gostam de tomar banho,
não gostam de obrigações.
Preferem a liberdade
e adoram confusões.
Menino é tudo igual,
só mudam de endereço.
Pra eles só tem o agora,
não tem fim e nem começo.
Cícero Alvernaz (autor) 20-02-2017

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