SEM TER A QUEM RECORRER
Sem ter onde por os pés,
sem ter onde por as mãos,
sem corrimão pra segurar,
sem degrau para pisar,
sem voz para reclamar,
sem parede pra encostar,
sem sonho para sonhar,
sem mulher para amar.
sem ninguém pra conversar,
sem sorriso pra sorrir,
sem roupa para vestir,
sem sapato pra calçar,
sem ter onde por os pés,
sem ter onde por as mãos,
sem corrimão pra segurar,
sem degrau para pisar,
sem sequer poder chorar,
como vou poder viver
sem ter a quem recorrer,
sem ter com quem me abrir,
sem ter com quem me expressar?
Cícero Alvernaz (autor) 21-11-2016.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL