TORVELINHOS DE VENTO
Têm dias que muitos pensamentos
povoam a nossa mente. 
Pensamentos bons e pensamentos maus, 
ideias fixas, verdadeiros torvelinhos de vento,
incógnitas, abstrações, inquietações.
Tentamos disfarçar e, quem sabe,
apagar esses pensamentos,
mas eles insistem em nos inquietar.


Como nuvem de poeira,
eles chegam de repente
e atropelam a gente
exigindo uma solução,
exigindo a nossa máxima atenção.
Não adianta tentar fugir,
se proteger e não querer pensar,
ou se esquivar.


A vida é assim, com o seu imperativo,
a sua forma de ser e de nos acometer.
O jeito é se resignar e absorver
e tentar filtrar esses pensamentos inconvenientes.
Não adianta fugir,
a fuga vai nos fazer tropeçar nas próprias pernas,
cair e depois voltar e retomar os nossos pensamentos.


Não há remédio,
não há nenhuma pilula mágica,
não há solução.
Temos que conviver com os nossos pensamentos,
nossas agruras e inquietações
até que tudo passe
e a vida volte a trilhar
os caminhos da normalidade.


Cícero Alvernaz (autor) 29-10-2015.

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