PEQUENEZ
Na minha pequenez
insignificante
tal qual um andante,
maltrapilho, andarilho,
às vezes infeliz,
descalço, em sobressalto,
pisando no quente asfalto,
da vida sou aprendiz.
Carrego as mortes
de que me alimento
em triste lamento
que o tempo guardou.
No meu infortúnio,
com minha vontade,
eu vou sem vaidade
levando meus sonhos
já quase desfeitos.
Carrego no peito
a dor que me fere,
vou sem disfarçar
meu vício, meu jeito.
Na minha pequenez,
no meu desatino,
eu sou um menino
sem sol, sem estrelas,
também sem destino.
Cícero Alvernaz (autor) 08-05-2016.

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