O CHORO É LIVRE
Foi inaugurada a temporada do choro após o afastamento da presidenta Dilma. É gente chorando por todo lado e repetindo a palavra "golpe" como se fosse uma reza (conhecida como jaculatória) ou um mantra. É muito chororô pra poucas lágrimas e por nenhum motivo legal e constitucional. Dentre os choradores, carpidores e carpideiras de plantão há aqueles que reclamam o fato de não ter negros e mulheres no Ministério do Presidente da República (interino) Michel Temer - como se isto fosse o mais importante. Todos sabemos que o mais importante é o talento, a seriedade e outros requisitos dos ministeriáveis. Fico imaginando se cada brasileiro exigisse ou pedisse um representante seu ou de seu Estado no Ministério como a coisa ficaria. Seguindo esse raciocínio, ia precisar de muitos mais ministérios para acomodar todo mundo Teria que convidar um índio, pelo menos um negro, um sertanejo, um caminhoneiro, um pedreiro, uma dona de casa, uma cabeleireira, um pescador, um farmacêutico, um pequeno ou um médio empresário, um padeiro, um alfaiate, um escriturário, um funcionário público, um açougueiro e outros tantos profissionais que assim representariam a sua classe. Mas o Presidente Temer procurou talento e os chamados "notórios", experientes de outros governos, sejam eles homens, mulheres ou negros. Mas, para quem chora, o choro é livre como são livres as águas que descem pelos caminhos dos rios e pelas enxurradas em dias de abundantes chuvas. E esses vão continuar chorando, reclamando, protestando e se lastimando por aí. (20-05-2016) Cícero Alvernaz (autor).
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