AS MESMAS COISAS
São coisas, apenas coisas,
muitas delas são inúteis
e outras tantas são úteis
que ficam jogadas num canto.
São coisas velhas, são tralhas,
chapéus, arreios, cangalhas,
tem até um velho manto.
São coisas sem importância,
calça velha, paletó,
um vidro cheio de pó,
uma lata amassada.
Tudo jogado num canto,
que causa até espanto,
coisas que não valem nada.
As mesmas coisas de sempre,
vem do século passado,
um cabresto, um arado,
e algumas ferraduras.
Uma tábua, uma enxada,
uma faca enferrujada
e um par de dentaduras.
Aquilo tudo ali
num quarto que estava fechado,
mas alguém desavisado
pegou a chave e abriu.
Muita gente teve medo,
pois ali tinha um segredo,
mas ninguém o descobriu.
Cícero Alvernaz (autor) 23-05-2016.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL